Página do "Castro Alves"
Castro Alves, porte altivo e mente condoreira, estende sua visão ao futuro contempla as possibilidades de desenvolvimento bastante grandes do Brasil de então, contempla a situação deprimente porque passavam as classes desfavorecidas, e dos seus lábios poéticos parte êsse apêlo veemente à mocidade do Brasil. Nossa terra atravessava os seus negros dia de escravatura. À custa do suor e do sangue negro, eram erguidos pedestais aos grandes Senhores de Engenho - sendo mais claro, eram levantados pedestais à injustiça e à dor. É quando o poeta se levanta para conclamar o povo à defesa da raça oprimida (raça já quase brasileira). É quando a musa, do poeta baiano faz soar a sua voz inspirando ao homem brasileiro o espirito de justiça para com o seu irmão oprimido, tão humano quanto qualquer indivíduo de pele branca. Pouco mais tarde, todo o Brasil podia ver os efeitos extraordinários dos apelos de Castro Alves e os pretos escravizados podiam conhecer novamente o gôzo da vida livre. Moços do Conceição, moços do Brasil! Existe ainda hoje uma classe se não totalmente escravizada, pelo menos bastante desfavorecida: É a classe do homem pobre que não tem sequer de dar de comer a seu filho; é a classe do infeliz que não pode ao menos oferecer alivio às suas crianças enfêrmas. É a classe do homem que trabalha sem ganhar, porque o dinheiro na nação tem de dar confôrto aos abastados. É o cidadão brasileiro que não leva a vida verdadeiramente livre que ao homem é lícito levar. Levantai vós, pois, "um templo novo, porém não esmague o povo, mas que lhe seja pedestal..." Há no "Conceição", o Grêmio Lítero Musical "Castro Alves". A sua finalidade é, e será durante êste ano e por tôda a sua existência, viver o seu patrono: INSPIRAR MOÇOS A QUE LUTEM POR UMA VIDA MELHOR PARA O HOMEM BRASILEIRO. Carlos A.
A. Pizarro |