Oscar Chaves

Os dois poemas de Oscar Chaves, transcritos abaixo, datam, o primeiro, de 1934, e, o segundo, de 1938, respectivamente o primeiro e o último ano do autor no JMC. Pelo que consta, o primeiro poema nunca foi publicado. O segundo foi amplamente distribuído em Igrejas, como folheto avulso, e pode ter sido publicado em O Arauto Cristão, mas o Web Master não conseguiu localizar o número. Neste site há uma pequena biografia de Oscar Chaves.
 

Saudades de Minas

O sol vermelho e triste, caindo em cheio
Sobre as matas e as campinas,
Faz-me lembrar das tardes frescas
E saudosas lá de Minas...

O sol claro e lindo, cheio de raios
Resplandecentes, faz-me lembrar
Da terra linda e encantadora
De Tiradentes...

Lá nas mangueiras, bem de manhã,
O sabiá canta u’a melodia...
Depois a rola arrulha triste,
Despedindo-se do belo dia...

E, assim, na minha terra tudo tem um canto
De alegria... Desde a alva tudo ri,
Tudo salta, tudo vive, e cantante é o viver,
Desde a luz da madrugada até a lua aparecer!

(Nota do autor: Esta poesia eu a escrevi no meu primeiro ano de estudo no Curso Universitário "José M. da Conceição", em 1934, quando senti a nostalgia de quem está longe do lar e da igreja (no ano anterior, 1933, eu tinha feito a profissão de fé em Patrocínio, com o Dr. Eduardo Lane). [O autor tinha 21 anos ao escrever o poema, nascido que foi em 11/10/1912. O autor faleceu em 5/3/1991].

 

Por que Choras?

"E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro.
Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras?
"
João 20:11,15

Junto ao sepulcro, chorando,
Na manhã daquele dia,
Estava a fiel Maria
O Salvador procurando.
Chorava a serva leal,
Com coração aflitivo,
Pensando estar sepultado
Aquele que estava vivo.

Mas Jesus, que conhecia
Dos humanos a fraqueza,
No rosto leu, de Maria,
A causa de tal tristeza.
E disse-lhe: Por que choras,
Como os que vivem sem luz?
A morte já foi vencida,
Porque vivo está Jesus!

Há muitos que, qual Maria,
Numa vida sem bonança,
Não têm paz nem alegria,
E choram sem esperança!
Não têm o Cristo dos céus,
Que sara toda amargura,
Pois confiam num Cristo morto,
Debaixo da sepultura!

Por que choras, meu irmão,
Como a triste Madalena?
Já ressuscitou Jesus
E do teu sofrer tem pena.
Levanta o olhar bem p’ra cima,
Tira os teus olhos do chão!
No céu está quem te anima,
Por que choras, meu irmão?

           
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